terça-feira, 10 de novembro de 2009

Comportamentos Típicos do Alcoólatra

Posted on 09:05 by Unknown




Não existe um comportamento típico do alcoólatra, mas com base em dezenas de depoimentos colhidos pelo Site Alcoolismo.com.br podemos citar algumas manias, atitudes, síndromes ou situações que emergiram com maior frequência:
Obsessão pelo copo - O alcoólatra raramente o larga. Brinca com ele o tempo todo, mantém o contato físico. "No meu caso", explica um veterano, "o barman pode colocar dez daquelas varetinhas de mixar bebida, e eu jamais abriria mão de fazer girar o gelo do copo com o dedo. Provavelmente o tato é mais uma forma de participar da bebida. Além de beber quero tocá-la."
Sofreguidão ao beber - O alcoólatra não bebe com prazer, e sim para que o efeito comece logo. Prefere comer um pouco enquanto bebe, para não diminuir o efeito da bebida. Se comer a oxidação do álcool será maior, sua eliminação da corrente sanguínea é mais rápida e o efeito menor.
Sono instável - Dorme pouco e o sono não é reparador.
Comportamento autoritário - Passa a querer as coisas à sua maneira, com impaciência. Com o tempo alcoolizado ou não, vai se tornando monossilábico, sem vontade de falar, sobretudo em casa.
Percepção obliterada - Torna-se vulnerável a bajulações; facilmente enganado por sócios ou parceiros de trabalho.
Medo de copo vazio - Numa festa logo que surge uma bandeja, o alcoólatra captura logo o seu copo. Passa o resto da noite vigiando os garçons. Para se garantir, frequentemente distribui gorjetas desnecessárias.
Isolamento - Só consegue confraternizar bebendo. Passa a não achar graça em amigos que não bebem. Começa a não gostar de gente, principalmente àqueles que lhe dão conselho em parar de beber, pois está passando dos limites.
Negação permanente - O uísque, que passa a guardar no escritório, é "para os clientes." Acredita que ninguém percebe sua dependência da bebida.
Planejamento Obsessivo - Vive de olho no relógio e em estratagemas para não lhe faltar bebida. Quanto tempo falta para a próxima dose? E para o almoço? Memoriza horários de fechamento dos bares que frequenta, conhece as empresas mais liberais com bebidas, investiga se os donos da casa onde vai jantar servem bebida farta. Seu planejamento do dia é obsessivo.
Roteiro próprio - Os anos de bebida levam o alcoólatra a se afastar de quem pode atrapalhá-lo: o chefe, a mulher, os filhos. A vida passa a ser uma sucessão de "dane-se". Meteu-se em briga de rua? Dane-se. A mulher saiu de casa? Dane-se. Bateu o carro? Dane-se.
Soltando as amarras - Enquanto os filhos são pequenos e estão acordados, ainda procura dissimular. Quando adormecem, costuma soltar tudo, pois passa o dia controlando-se no trabalho. É o início da briga conjugal.
Lapsos de Memória - Os "apagamentos" em relação ao que fez ou aconteceu, enquanto esteve alcoolizado. É capaz de viajar, seduzir estranhos, discutir temas complexos e não lembrar-se de nada após a bebedeira. Pode acordar no quarto de um hotel de outra cidade, ao lado de quem não conhece, sem saber como e nem como está ali.
Fica aterrorizado e tenta recapitular - checa se seu carro está na garagem, se está batido. "É como acordar de uma anestesia e ver um pedaço de seu corpo faltando", define um dos entrevistados.
Impotência - Como já adverteu Shakespeare em Macbeth, "o álcool provoca o desejo, mas rouba a performance". O homem alcoolizado tem dificuldades em alcançar a ereção ou ejacular. Em alguns casos, a impotência persiste nos períodos de sobriedade, levando o alcoólatra à paranóia conjugal: por toda parte vê indícios de infidelidade da esposa. Começa a chamá-la corriqueiramente de "Vagabunda" e "P...". A taxa de divórcio entre os que bebem é duas vezes maior que a verificada entre os que não bebem.
Se você, por curiosidade fez a leitura desta matéria e percebeu que tem dois ou mais comportamentos típicos de um alcoólatra, cuidado você está precisando de ajuda, e esta ajuda, com certeza você encontrará no CEREA.

Costumamos dizer que:
“Se você não precisa do CEREA,
o CEREA precisa muito de você”.


Ajude a quem precisa de ajuda.
Leve alguém ao CEREA”.
(Colaborou Maria de Lourdes Silveira)

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